O estudo Iluminação pública em Recife e Caruaru, elaborado por quatro pesquisadores da UFPE, será apresentado no V Encontro Nacional e III Latino Americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis, realizado de amanhã a sexta-feira na cidade. De acordo com um dos coordenadores da pesquisa, o professor do Laboratório de Soluções em Energia e Design da UFPE Heitor Scalambrini Costa, o material pode ser aproveitado pelas prefeituras. "Nós fazemos essa recomendação pois, além de trazer economia, a lâmpada LED é mais sustentável", ressaltou. O pesquisador informou que nas lâmpadas LED a luz é produzida através de diodos emissores de luz e, há pouco tempo, elas eram utilizadas apenas como luzes de alerta e sinalização.
"É uma tecnologia nova, que vem se popularizando lentamente. Mas surgiu na Europa desde 2000 e vem se tornando uma excelente alternativa para iluminação pública por conta dos benefícios", disse outro autor do estudo, Hobedes de Albuquerque Alves, acrescentando que um LED de 3 Watts gera luminosidade semelhante a uma lâmpada de 20 Watts. A eficiência resulta no consumo de até 90% menos energia comparada aos modelos convencionais. Outra característicaque torna o modelo atraente para o setor público é a vida útil de até 80 mil horas (12 anos), durabilidade que fica bem acima das mil horas de uma lâmpada incandescente ou 32 mil de uma lâmpada de vapor de sódio (a mais comum no Recife). Além disso, o especialista destacou a qualidade da iluminação pois não emite radiação ultravioleta nem infravermelha.
Projeto - O secretário de serviços públicos do Recife, José Humberto Cavalcanti, informou que já se reuniu com representantes do produto, mas achou um custo de implantação muito alto. "Sabemos que a tendência do mercado é a LED, mas usamos a de sódio que é a mais eficiente entre o que está acessível no mercado. Vamos esperar o resultado de projetos piloto em outras cidades, é preciso ter prudência", afirmou. Segundo ele, a prefeitura terá uma economia de 30% a 40% nos gastos com energia elétrica com a implementação do Projeto Reluz, que prevê a substituição de 65% dos refletores. "Esses novos modelos permitirão o uso de lâmpadas menores com mais potencial deiluminação", disse. A expectativa, segundo o secretário, é obter uma economia de R$ 2 milhões por mês.
As lâmpadas LED fazem parte da iluminação da orla do Rio de Janeiro e de algumas áreas das cidades de Salvador, Natal e João Pessoa. Mas além da economia, Heitor Costa destacou a segurança ambiental proporcionada pelo modelo LED em comparação à lâmpadas de vapor de mercúrio e pó fluorescente. "Se não forem recolhidas adequadamente, podem produzir mais danos graves ao ambiente", ressaltou. Ele informou que uma lâmpada simples, com menos de 1 miligrama de mercúrio, pode contaminar 45 mil litros de água. Leia mais sobre as LED no artigo do pesquisador disponível no blog http://blogs.diariodepernambuco.com.br/meio_ambiente.
Fonte: Diario de Pernambuco
Júlia Kacowicz // juliakacowicz.pe@dabr.com
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