segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Inscrições abertas para encontro sobre sustentabilidade do ambiente construído

Estão abertas as inscrições para o 3º Encontro Latino-Americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis (Elecs 2009), que discutirá a sustentabilidade do ambiente construído. Em paralelo, acontece também o 5º Encontro Nacional sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis (Enecs) e a 2ª Bienal de Sustentabilidade José Lutzenberger. Os encontros ocorrerão de 28 a 30 de outubro, no Mar Hotel, em Boa Viagem, no Recife (PE). Inscrições no www.ufpe.br/elecs2009.


Será discutido o conceito de desenvolvimento sustentável no contexto do ambiente construído, com uma abordagem multidisciplinar. De acordo com o professor José Jéferson do Rêgo Silva, que faz parte da comissão organizadora, o Elecs 2009, através de palestras e debates, oferecerá oportunidade para aprofundar este tema que está na pauta da discussão mundial e promoverá uma maior interação universidade-empresa-sociedade.


“O objetivo é contribuir para a construção da cultura da sustentabilidade capaz de formar opinião do público consumidor, bem como do investidor público e privado, do projetista e do construtor. Espera-se assim fomentar um novo mercado que promova e viabilize novas tendências mais sustentáveis na arquitetura e engenharia de construção”, afirma o professor José Jéferson do Rego Silva.


Entre os palestrantes, a arquiteta especialista em sustentabilidade urbana e construção sustentável Liliana R. Miranda Sara (Peru). Ela tem colaborado com diversas organizações internacionais (UN HABITAT, IHS, CSIR, entre outras) no desenvolvimento de estratégias para sustentabilidade urbana e construção sustentável. No Peru lidera projetos de requalificação urbana, especialmente em áreas que atendem populações de baixa renda.


O evento é direcionado para profissionais, técnicos e estudantes das mais diversas especialidades, que trabalham ou tenham interesse nas áreas relacionadas a planejamento, projeto, construção ou gestão de ambientes construídos sustentáveis, sejam eles urbanos ou rurais.


Até o dia 15 de setembro, as inscrições serão promocionais, sendo R$400,00 para os profissionais, R$250,00 para os estudantes de pós-graduação e R$120,00 para os estudantes de graduação. Os sócios da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (Antac) possuem desconto.


O Encontro conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal (Platina); Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Crea/PE e Mutua (Ouro); do Grande Recife, Senai, Compesa, Suape e Cehab (Prata).


O Elecs é promovido pela Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (Antac) e realizado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A Faculdade Damas, a Universidade de Pernambuco (UPE), a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e a Universidade Estadual de Londrina são parceiras do evento.


A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facep), Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade), Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), Celpe e Sesi apóiam o Elecs 2009.


Serviços

Elecs 2009

De 28 a 30 de outubro de 2009

Mar Hotel, Recife

Inscrições: www.ufpe.br/elecs2009

sábado, 29 de agosto de 2009

Geração de eletricidade solar nos telhados das edificações urbanas

Por Heitor Scalambrini Costa e Silvio Diniz*

A geração da eletricidade solar, a partir das células solares fotovoltaicas, consiste na captação da radiação solar incidente e na sua transformação em energia elétrica. Esses dispositivos, chamados de células solares, são fabricados de silício, segundo elemento químico mais abundantes da face da Terra. Os sistemas fotovoltaicos podem ser divididos em: sistemas autônomos e conectados à rede elétrica. No sistema autônomo o aproveitamento da energia solar precisa ser dimensionado em função da demanda energética. Tendo em vista que, a energia produzida pelo gerador solar comumente não corresponde à demanda do consumidor, torna-se, nesse caso, obrigatório considerar um sistema de armazenamento de energia (baterias). Quando a demanda suplanta a capacidade de geração e/ou armazenamento, se faz necessário o uso de uma fonte energética auxiliar que complementa a produção.

Os sistemas fotovoltaicos conectados a rede elétrica podem ser de grande porte (as centrais fotovoltaicas, acima de 1 MW) ou de pequeno porte (descentralizada e instalado nos telhados ou fachadas de edificações urbanas). Nesse último caso, a totalidade da energia produzida é injetada na rede de distribuição que opera como acumuladora de energia elétrica. A quantidade de eletricidade solar produzida dependerá da quantidade de painéis instalados.

A produção de energia elétrica utilizando a energia solar através dos painéis fotovoltaicos, e a sua conexão com a rede elétrica de distribuição, é uma realidade em diversos paises e vem crescendo e se consolidando como uma forma, pouco agressiva ao meio ambiente, de se produzir eletricidade. Com um aumento anual de 50% na capacidade instalada acumulada de 2006 e 2007 esta tecnologia está em plena expansão. Atualmente, estima-se em torno de 10 GW a potência instalada mundial, traduzindo-se em 1,5 milhões de casas com painéis solares atuando como produtores independentes de energia elétrica. Somente na Alemanha são quase 450.000 sistemas, com uma potência total de 3.800 MW. Do ponto de vista economico têm se verificado que, a cada vez que duplica a produção acumulada, o custo de produção tem caido em cerca de 20%.

Com uma cobertura fotovoltaica, o telhado de um prédio se transforma numa usina de eletricidade. Em países, como Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Suiça e Japão, os prédios comerciais novos incorporaram materiais fotovoltaicos às suas fachadas para gerarem eletricidade. Pela aparência externa, nada indica que as vidraças e janelas sejam, na realidade, geradores elétricos. Também , dispõem de medidores de via dupla – vendendo eletricidade à concessionária local quando têm excesso, e adquirindo-a quando há insuficiência. No caso da Alemanha, há previsões no sentido de que, no ano 2050, os sistemas fotovoltaicos possam ser responsáveis por cerca de um terço da energia elétrica gerada, com o estímulo aos usuários de tarifas-prêmio.

Com este sistema o consumidor torna-se também um produtor de energia, dono e responsável pelo processo de geração. Consumidores que já contam com a energia elétrica convencional geram parte da própria energia que consomem. Em lugar de se gerar a eletricidade em grandes centrais e distribuí-la, ela é produzida no próprio local de uso, reduzindo-se os impactos ambientais das grandes instalações de geração e de transmissão.

Os principais benefícios destas instalações podem ser resumidos na: redução do valor da conta de energia elétrica da concessionária; geração de energia p renovável, sem agressão ao meio ambiente e nem geração de CO2; elevada confiabilidade operacional; nível baixo de manutenção; possibilidade de integração com a arquitetura da edificação; e não utiliza baterias elétricas.

No Brasil existem poucas instalações fotovoltaicas conectadas diretamente na rede em áreas urbanas, contudo o interesse tem crescido muito. Estima-se que de 1995 a 2008, em torno de 33 sistemas conectados a rede elétrica foram instalados no Brasil, totalizando em torno de 100 kWp de potência instalada. Na cidade do Recife, existem duas instalações, uma residencial, e outra em um centro comunitário onde funciona um Infocentro, ambas do projeto Recife: Cidade Solar, convenio realizado entre a Universidade Federal de Pernambuco e a Prefeitura do Recife.

Portanto, para o Brasil ampliar a utilização da geração da eletricidade solar em seu território, e assim diversificar e complementar sua matriz elétrica, é necessário que politicas públicas sejam efetivamente implantadas com essa finalidade. E os exemplos para a promoção dessa tecnologia são dados pelas experiências de outros paises que incluem desde: subsidios (premios e linhas especiais de crédito); medidas de apoio como campanhas públicas, e educação ambiental; incentivos fiscais e obrigação legal de instalação ou preparaçãodo local para a instalação dos equipamentos.

*São professores da Universidade Federal de Pernambuco/Grupo SENDES-Soluções em Energia e Design

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Soluções simples podem reduzir consumo de energia e água em casa



Bom Dia Brasil - 21/08/2009

Nova York é exemplo de arquitetura verde



No Elecs, poderemos discutir alternativas diferentes para arquitetura verde, quem sabe mais apropriadas e mais viáveis? Até lá.